A criança tem o direito de nascer e viver num ambiente saudável e onde é bom respirar.
De acordo com a OMS morrem prematuramente de doenças relacionadas com o tabaco cerca 4 milhões de pessoas por ano, sendo expectável o aumento para 10 milhões, até ao ano 2030.(1)
A epidemia afeta, também, quem não tem o direito de dizer não à exposição ao fumo do tabaco. As crianças mesmo antes de nascerem e também durante o seu crescimento têm contacto com o fumo do tabaco. Fumar durante a gravidez traz sérios riscos para a saúde da mulher e do feto: abortos espontâneos, nascimentos prematuros, recém-nascidos com baixo peso ao nascer; mortes fetais e de recém-nascidos, maior incidência de morte súbita do lactente e complicações com a placenta e hemorragias; entre tantas outras que a evidência científica já conseguiu demonstrar.
As crianças devem ser informadas sobre o tabaco e a indústria do tabaco. Ou seja, devem ter acesso a informação sobre os efeitos imediatos e de longo prazo do tabaco na saúde, a dependência dos produtos associados, nomeadamente a nicotina, as formas como a indústria do tabaco “conquista” os jovens e as estratégias que a publicidade do tabaco utiliza.(2)
Prevenir o consumo é uma prioridade pelo que deve assegurar-se, para além do conhecimento, a preservação dos direitos, com foco especial no direito de nascer e viver num mundo sem fumo, num ambiente saudável onde é bom respirar.
A evidência científica estabeleceu de forma inequívoca que o consumo de tabaco e a exposição ao fumo causam morte, doenças e invalidez, e que os cigarros e outras formas de consumo de produtos de nicotina não são mais do que outras formas de manter a dependência. A nicotina contida no tabaco é viciante. Os cigarros são o único produto de venda livre que mata metade de seus consumidores.(3)